O objetivo geral desta pesquisa foi investigar as potencialidades da proposição de um curso formativo, para oito professores em exercício ou em formação inicial, que articulasse educação ambiental e educação em saúde, a partir de uma perspectiva metodológica da etnografia ambulante. A produção dos dados se deu por meio de diversos métodos: 1) observação participante; 2) etnografia ambulante; 3) grupos de discussão e 4) análise de materiais produzidos pelos participantes durante o curso. A análise dos resultados e discussões estão respaldadas por uma abordagem metodológica alinhada com a fenomenologia. O processo começou com a leitura e transcrição dos dados, seguida pelas descrições e pelo desenvolvimento das econarrativas. Posteriormente, procedeu-se à redução fenomenológica dos excertos, seguindo a sequência: unidades de sentido; unidades de significado; aspectos emergentes: Indissociabilidade entre educação ambiental e educação em saúde nas práticas escolares e Práticas corporais como fundamentos dos campos; interpretação do fenômeno. As potencialidades formativas do curso "Caminhos Formativos para o Bem Viver: Aprendizagens sobre Educação Ambiental e Educação em Saúde" se manifestaram na efetiva articulação entre educação ambiental e educação em saúde, apoiadas na prática da walking ethnography e nas reflexões do conceito de Bem Viver. Houve uma lacuna entre a teoria e a prática efetiva da articulação entre a educação ambiental e educação em saúde. Os participantes, mesmo reconhecendo a intencionalidade da relação entre os campos, raramente demonstraram a integração dessas áreas em suas propostas educativas na atividade final do curso.
