Objetivo: Exemplificar a avaliação do estresse, distresse e coping percebidos por pacientes com feridas de difícil cicatrização (FDC), atendidos em ambulatório de Estomaterapia. Método: Estudo secundário, observacional e prospectivo de 10 pacientes adultos com FDC, acompanhados durante duas a seis consultas. Foram utilizados Formulário de dados sociodemográficos e clínicos; Inventário Breve de Dor (sensibilidade - BPIS e interferência - BPII); Instrumento de Avaliação da Ferida da Bates Jensen – BWAT e Escala de Estresse Percebido - PSS, incluindo coping e distresse, com dados expressos em médias. Resultados: Os pacientes tinham FDC principalmente em membro inferior, com duração de 21,2 meses; BWAT 23,7; BPIS 4; BPII 3,2. O estresse foi caracterizado por PSS total de 28,5 pontos, distresse de 16,4 e coping 16. Na última consulta foi observada diminuição de 4,3 pontos na BWAT; 0,8 na BPIS; 7,6 pontos na PSS com 5,3 no distresse. A BPII aumentou 0,7 e o coping 2,2. Conclusão: A ferida parece interferir no nível de estresse percebido, ou seja, na dimensão biopsicossocial do paciente. O coping se destaca como um fator determinante na percepção do estresse e uma abordagem multidisciplinar é essencial para o seu manejo e para a avaliação do distresse.