Este artigo realiza uma análise crítica do discurso produzido por chatbot de Inteligência Artificial Generativa (IA Gen), no contexto educacional, a partir dos conceitos bakhtinianos. O estudo investiga a natureza dialógica das interações mediadas por IA, propondo o conceito de "monologismo algorítmico" para caracterizar a simulação discursiva produzida por esses agentes tecnológicos. Por meio da aplicação de um modelo analítico proposto, revela-se que apesar da aparente diversidade discursiva nas respostas do chatbot, há limitações referentes à ausência de subjetividade real, alteridade genuína e conflito autêntico, resultando em uma polifonia superficial controlada por algoritmos. O estudo também destaca como esses chatbots tendem a reforçar discursos dominantes, sugerindo a necessidade de promover uma postura crítica entre interlocutores frente às implicações éticas, culturais e pedagógicas dessa interação mediada por tecnologias digitais. A pesquisa contribui para o desenvolvimento do letramento em IA, enfatizando a importância de uma educação crítica e reflexiva que valorize o diálogo autêntico em contextos educacionais contemporâneos.
