Analisamos a produção acadêmica sobre o ensino de resíduos sólidos na educação básica brasileira a partir de uma revisão integrativa das publicações entre 2018 e 2022. Foram consultados o Portal de Periódicos CAPES, o Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, o Google Acadêmico e os anais de eventos do ENPEC e CONEDU. As palavras-chave utilizadas para a busca foram: “lixo”, “resíduos sólidos”, “educação”, “ensino”, “escola”. Os temas foram categorizados pela análise temática de Braun e Clarke (2006) e as modalidades didáticas seguiram a classificação de Krasilchik (2004). Dos 931 estudos identificados, 109 abordaram experiências de ensino sobre resíduos sólidos na educação básica brasileira. Um terço dos estudos foi publicado em 2019 (33%), 42% foram realizados no Nordeste, 60% envolveram iniciativas no Ensino Fundamental e a escola pública foi o local da maioria dos trabalhos (84%). As experiências de ensino foram diversas, sendo em sua maioria, desenvolvidas por meio de aulas expositivas, aulas práticas e projetos em diferentes disciplinas. Gestão de resíduos e redução do consumo foram as principais categorias temáticas identificadas. Grande parte das práticas educativas abordou o ensino de resíduos sólidos de forma técnica; poucos trabalhos discutiram as causas socioeconômicas e culturais, bem como a responsabilidade coletiva da gestão dos resíduos. Uma abordagem contextualizada a cada realidade, envolvendo a comunidade escolar e o seu entorno, podem contribuir para promoção de práticas mais críticas e integradoras sobre os resíduos sólidos na escola.