Este artigo procura acompanhar como, no Brasil, os estudos em História da Arte Feminista propõemmetodologias, objetivos e conceitos para compreender a participação das mulheres no campo artístico. Procuramos apreender o que as estudiosas definem como sendo o “mito da democracia de gênero” e como, de acordo com elas, esta ideia teria sido fundamental para mascarar as desvantagens colocadas para a participação feminina nas instituições artísticas e para a construção dos registros historiográficos sobre suas vidas e obras. Para realizar este trabalho, foram explorados livros, artigos, materiais didáticos e videoaulas concebidos por pesquisadoras feministas dedicadas às análises das biografias e dos trabalhos produzidos por artistas mulheres. Por meio deste trabalho, pretendemos contribuir para a compreensão do campo artístico brasileiro e de como as pesquisadoras feministas em História da Arte vêm disputando espaço e legitimidade não apenas academicamente, mas também no interior do sistema das artes, procurando construir uma nova memória social das mulheres.