ENSINO HÍBRIDO CRÍTICO-COLABORATIVO: UMA DISCUSSÃO À LUZ DA TEORIA SÓCIO-HISTÓRICO-CULTURAL
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- SciELO Preprints
- DOI
- 10.1590/scielopreprints.9751
A pandemia Covid-19 deflagrou, na área educacional, um problema relacionado às tecnologias digitais e às suas diferentes abordagens para o ensino. Na ânsia de se encontrar metodologias adequadas ao sistema remoto, optou-se pelo ensino denominado híbrido, mas cujas características indicavam propostas transmissivas, muito mais do que aquelas consideradas antes da pandemia, quando se recorria às tecnologias digitais. Por híbrido, passou-se a entender toda e qualquer proposta de ensino-aprendizagem que recorresse a um mix de instrumentos, com grande ênfase nos tecnológico-digitais. Concepções diversas sobre ensino híbrido, educação híbrida, aprendizagem híbrida, dentre outras denominações, todas elas carregando o estigma do hibridismo, adentraram no sistema educacional e isso vem se propagando desde o período pandêmico até o momento, sem uma efetiva discussão sobre quais bases teóricas orientam essa aprendizagem de caráter híbrido. Essa amálgama de abordagens para “ensino híbrido” orientou uma disciplina da pós-graduação em LAEL, na PUC-SP, no ano de 2021, cujo objetivo foi caracterizar o ensino-aprendizagem híbrido à luz da teoria sócio-histórico-cultural, orientado por metodologias crítico-criativas. Nessa direção, este artigo, seguindo a orientação de desenvolvimento da disciplina, abordará conceitos relacionados a ensino híbrido e suas reverberações, questionando essa visão dicotômica e cognitivista que sustenta muitos modelos assim denominados. Teoricamente, busca apoio no conceito de colaboração crítica e em outros conceitos de natureza sócio-histórico-cultural, confrontando-os aos que sustentam a abordagem hoje considerada de ensino híbrido. Discute uma situação de aprendizagem, ressaltando as características que permitem categorizá-la como atividade de ensino-aprendizagem híbrido na perspectiva sócio-histórico-cultural.