BELO HORIZONTE (MG-BR) E LILLE (NPC-FR): COMPARAÇÃO DAS PICHAÇÕES NAS PRAÇAS DA ESTAÇÃO E DE LA NOUVELLE AVENTURE
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- SciELO Preprints
- DOI
- 10.1590/scielopreprints.9926
O Brasil e a França são países que possuem convergências e divergências variadas, destacando-se as influências das Artes/Culturas de Rua/Urbanas, principalmente a pichação. Esta, além de alterar a paisagem urbana, cria-se lugares, territórios e territorialidades, dando voz (e grafia) aos excluídos, compartilhando os conflitos. Dentre estes contextos, os municípios de Belo Horizonte (MG) e de Lille (NPC), são importantes contribuidores nestas Artes. A comparação deles, principalmente suas praças e pelas culturas de vivenciar lugares, são interessantes pelo fato de serem locais com grandes diversidades culturais, econômicas, humanas e urbanas. Desta forma, propõe-se a analisar as pichações encontradas na Praça da Estação em Belo Horizonte e na Place de la Nouvelle Aventure em Lille, e seus arredores, buscando evidências de semelhanças e diferenças. Com base na Geografia Cultural, na Geografia Urbana e na Socioantropologia Urbana, teve-se o levantamento de dados primários com campos online, comparação e análises. As constatações apontaram para as semelhanças e diferenças no plano cultural e social, demonstrando que apesar de estarem próximos em alguns quesitos, seus contextos e culturas locais dão outros tons e toques às manifestações ali presentes. Tem-se a aproximação de maior destaque nas marcações territoriais e com spray; mas tem-se a diferença para marcações políticas, estilos brasileiros e estado-unidenses, com estênceis e rolinhos. Note-se, assim, que a pichação pode ser considerada como uma removedora de limites (metropolitanos, regionais, nacionais e internacionais), ignorando as suas delimitações territoriais e as jurisdições espaciais das autoridades, mas priorizando as dinâmicas e regras das ruas.